Mia Couto fala daqueles, muitos, que estão nas traseiras da vida. A fachada fresca e pintada, com um aspecto acolhedor, não deixa perceber que, nas traseiras, se esconde a degradação, o abandono, a ruína. Quem vê a solidez da fachada nunca dirá que o edifício entrou definitivamente em colapso e que desabará subitamente, como um castelo de cartas. É nas traseiras da vida que são urgentes as obras. Não de manutenção mas de reconstrução das estruturas.