Wednesday, August 30, 2006

comum

Uma prestigiada socióloga ousou dizer há dias, contra a corrente, que “um problema grave que se põe em Portugal é que um metro quadrado de espaço conservado ao pé de um metro quadrado de espaço urbanizável vale uns tostões, numa desproporção de um para mil”. Respondia a uma pergunta sobre a conciliação entre a propriedade e o bem comum. E, com aquela resposta condenada por todos os cânones individualistas e liberais que nos regem, trouxe à tôna um pilar esquecido da doutrina social da igreja: a propriedade privada não é um bem supremo, deve estar ordenada ao bem comum.