Na Costa do Marfim, os tiros da rebelião tomaram como alvo soldados do que deveria ser um missão de paz. No Iraque, membros de organizações não governamentais humanitárias são tomados como reféns, como se de mercenarios se tratassem. No campo de batalha, marcado pela vertigem do ódio, os fazedores da paz tornam-se apetecidos troféus de Guerra. Há quem veja aí a prova de que tem razão de ser o ditado “se queres a paz, prepara-te para a guerra”. Mas rendermo-nos a esse olhar fatalista significaria anular a verdadeira força dos fazedores da paz: a de quebrar a espiral imparável da violência. Mesmo, e sobretudo, quando tudo recomendaria o olho-por-olho-e-dente-por-dente.