espelho meu
O descanso tornou-se numa das mais radicais utopias da actualidade. Sobre-ocupamos o nosso tempo com mil e uma coisas, como se isso fosse um mandamento. O tempo livre é cada vez mais o contrário disso mesmo, sempre preenchido com afazeres contados ao minuto. Os fins de semana esgotam-se nos corredores dos hiper-mercados ou das grandes superfícies comerciais. E até as férias se rendem ao mandamento da ocupação. Foi para olharmos para nós que deixámos de ter tempo. Deliberadamente. Porque isso nos confronta, sem tréguas, com aquilo que somos.
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