cinismo não, obrigado
Um governo pediu desculpas públicas pelas matanças perpetradas no passado pelos seus dirigentes. Os cínicos dirão que não adianta nada, que agora é fácil pedir perdão porque as mortes e o sofrimento já ninguém os pode anular. Mas os cínicos são sempre assim: são totalmente incapazes de acreditar na transformação e, para eles, qualquer expressão do Bem é suspeita. Afastemos, pois, o cinismo: que um governo peça perdão ao mundo por graves faltas anteriores é um sinal de esperança. Porque abre caminho para que a memória da indignidade seja superada. E porque nos desperta, a todos, para o serviço da humanidade como único critério do exercício do poder. E isso é um bem.
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