crónica da solidão
Conta Eduardo Galeano que foi numa véspera de Natal, no Hospital Pediátrico de Manágua. O director clínico dava uma última volta pelas enfermarias antes de sair para a consoada em família. Foi então que sentiu uns passitos suaves atrás de si e, ao voltar-se, foi interpelado por um dos meninos internados, precisamente aquele que a morte seduzia já para os seus braços. E o menino pediu-lhe: “Diz a… diz a alguém que eu estou aqui.”