mãos limpas
As mais de duas centenas de investigações sobre casos de alegada corrupção nas autarquias portuguesas são o rosto mais preocupante do que leva tanta gente a descrer da política local. A lonjura e a sobranceria dos poderes centrais, em vez de travadas pela força da legitimidade, são cada vez mais contrariadas por formas de proximidade podre, feitas de favorecimento de interesses particulares, de apropriação privada dos recursos e espaços públicos e de lógicas de compadrio à margem da lei. É moral e político o combate contra esta lama. Os crentes não têm o exclusivo da virtude. Mas sobre eles recai a enorme responsabilidade do testemunho.
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