a outra segurança
Passou despercebido no ruído mediático. As Comissões Justiça e Paz da Europa reuniram em Portugal nos últimos dias. E pediram aos países deste continente que ratificassem a Convenção Internacional sobre os Direitos dos Imigrantes e das suas Famílias. O que se passa com esse tratado, cada vez mais essencial, é uma vergonha: desde 1990, quando foi adoptado, foi ratificado apenas por 46 países. E desses, nenhum é da União Europeia. Por isso, neste mundo de 195 milhões de imigrantes, são tão importantes as palavras das Comissões Justiça e Paz da Europa: “A Igreja apela à sociedade dizendo: ama o teu vizinho. Num mundo globalizado, onde o fosso entre os que têm e os que nada têm é cada vez maior, este imperativo cristão desafia os nossos conceitos europeus de segurança e de identidade”. A retórica dos direitos humanos muitas vezes serve de disfarce a um fechamento frio e cínico. A ele só se pode opor a abertura da fraternidade verdadeira.
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