as cidades invisíveis
Em tempo de eleições autárquicas, há cidades invisíveis dentro das cidades em que habitamos que vêm à tona. São vidas de miséria, de aflição desprezada, de abandono, de exclusão. Lá por trás das barreiras que o betão e o alumínio ergueram esconde-se a falta de saneamento e de decência, mas sobretudo a falta de humanidade. Na habitação, nas infra-estruturas, na saúde e nas políticas sociais há muita gente condenada à invisibilidade. Não sei se são ouvidos nas sondagens. Não sei se os seus votos decidem. Mas tenho a certeza de que não vale a pena haver eleições se a primeira prioridade não for servi-los.
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