Monday, July 18, 2005

a produção da morte

Não vale a pena citar números, porque eles são fugidios. E não é a expressão dos números que dá força ao facto de, todos os anos, morrerem muito mais pessoas vítimas de armas ligeiras do que em guerras. O que dá força a essa realidade é a sua aceitação social, a resignação com que se aceita este flagelo. É urgente agitar este marasmo assassino. Denunciar que há indústrias que, a coberto da legalidade e do são funcionamento do mercado, produzem morte. Contra a espiral de violência que tende a instalar-se nos nossos perímetros urbanos, combater a proliferação de armas ligeiras é um dever de cidadania de todos. E um imperativo de consciência para quem crê no dom da vida em abundância.