fé climatizada
Ano após ano, vêm notícias de verões atípicos, com frios súbitos, tempestades inesperadas, ondas de calor inéditas. E, no entanto, ano após ano, deixamos por alterar aquilo que todos sabemos que transforma em regra o que deveria ser excepção. Que a tragédia anunciada se torne em fatalidade assumida diz bem da distância que vai entre a palavra conversão e a sua prática nas nossas vidas. Talvez não nos demos conta de que dia após dia, ano após ano, essa nossa indiferença instalada nos desqualifica como crentes. A fé sem obras é estéril. E as mudanças climáticas são um dos rostos da esterilidade da nossa fé.
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