A tentação de falarmos uma só língua dentro da Igreja sempre foi grande. Termos os mesmos gestos, as mesmas opções, as mesmas palavras, sem atritos nem contradições, tornaria tudo muito mais fácil, aparentemente. Mas os cristãos não são clones uns dos outros. Graças a Deus. Como no Pentecostes, cada um ouve Deus no seu registo próprio. Cada um diz Deus por palavras e gestos seus, únicos e irrepetíveis. A sinfonia, com dissonâncias e ritmos desencontrados, é a música, difícil mas apaixonante, da fé.