a caminho
A peregrinação faz impressão a muita gente. A promessa ou o sacrifício que a acompanham são vistos com estranheza talvez por serem expressões de uma confissão de pequenez e de uma fragilidade nos antípodas da confiança ilimitada no progresso e na razão. O próprio caminhar sem fim é ininteligível aos olhos de quem pensa o caminho só como o trajecto útil e breve entre dois pontos. Neste dia, deixemo-nos incomodar pelos peregrinos, pelas suas promessas, pelos seus sacrifícios e pelo seu caminhar. Que essas coisas estranhas nos ponham a pensar sobre o que somos.
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