liberdade de circulação
Nas nossas sociedades, em que a mobilidade se tornou mandamento sacrossanto, há cada vez mais gente que vive longe das suas raízes e dos seus afectos. Vão à procura da sobrevivência, da qualificação, do sonho. Partem, abafam a memória para ela não doer demais e entram em novos mundos, perturbadores e agressivos. Vivem na estranheza da diferença e na secura das relações. E nós, aqueles que ficamos no nosso tranquilo sossego, nem nos damos conta de como à nossa volta há tanta gente a fazer das fraquezas forças e numa procura desesperada de sentido e de ternura.
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