"... o cristianismo, graças a Deus, venceu a tentação de declarar inimigos. O cristianismo não tem inimigos. Os seus inimigos são a fome, o sofrimento, as injustiças e desigualdades, a ausência de sentido... Gosto de pensar no título de um livro de Albert Rouet, antigo bispo de Poitiers: 'A chance de um cristianismo frágil'. Estes tempos representam também uma oportunidade para o cristianismo reencontrar o seu rosto mais autêntico, mais profético. Talvez sejamos menos, mas temos o dever de ir mais fundo. Talvez sejamos mais pobres, e isso nos conduza a um estilo mais essencial e evangélico. Talvez tenhamos de deixar de ser a massa para redescobrirmos que a missão dos cristãos é ser criativo fermento."
Tolentino Mendonça, entrevista ao "i", 26.12.2009