Monday, December 14, 2009

responsabilidades

Há 17 anos houve a lucidez de estabelecer o princípio das responsabilidades comuns mas diferenciadas como pedra-de-toque das políticas globais de combate às alterações climáticas e às suas causas profundas. Depois veio Quioto e aí se fez o teste à vontade efectiva de dar à humanidade primazia sobre o mercado, sobre a soberania e sobre as lideranças de circunstância. Agora é o tempo do desencanto total: em Copenhaga não se verá coragem mas mesquinhez e, em vez de compromissos, anunciam-se teimosias suicidas. A Igreja fará ouvir, alto e bom som, a sua voz na defesa do primado da criação sobre o capital? Ou entreter-se-á numa qualquer minúcia da moral privada enquanto o mundo desaba e se afoga?