a irmã morte
Demos à morte um lugar esquisito nas nossas sociedades desenvolvidas. Escondemo-la para não nos darmos conta das nossas fragilidades. Banimo-la do nosso convívio para podermos continuar a enaltecer os corpos saudáveis, frescos e jovens como modelos. Ao mesmo tempo, trivializámos a morte em massa que as imagens da guerra ou da fome trazem consigo. Se este dia dos mortos servir só para uma fugaz memória de quem amámos, teremos falhado uma das mais importantes conversões de que precisamos: a que coloque, sem medo, a morte no centro das nossas vidas.
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