os reis dos limites
Vieram adorar o menino. Mas não chamaram as televisões para filmar a cena nem consta que, no dia seguinte, houvesse chamadas de primeira página para o assunto. Foi adoração genuína e não gesto de propaganda para fixar eleitorado católico. Até porque foi um menino pobre que eles procuraram e não um doutrinador com dogmas e certezas. Ainda hoje, dois mil e tal anos depois, continuamos sem saber o que dizer perante o gesto dos reis. Jesus não lhes pediu poder nem eles lhe vieram jurar fidelidade e obediência de estado. Apenas vieram mostrar, duma vez por todas, os limites da política como instrumento de construção da felicidade das pessoas.
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