a cidade invisível (i)
Vemos o que queremos e fechamos os olhos ao que não queremos ver. Nas nossas cidades, em casas certas, em ruas movimentadas, em espaços que conhecemos, há uma realidade de pobreza e de exclusão insuportável. Não é das periferias que falo, é do miolo das cidades onde a velhice solitária, a pobreza desarmada, a prostituição magoada e a marginalidade doente vivem sem disfarce. Refugiada na sua hipócrita ignorância, a cidade normal pretende não ver essa cidade impura e carente. E paga aos técnicos e aos polícias para tratarem desse problema.
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