jardim do eden
A história da implantação do PPD-Madeira e da afirmação de Alberto João Jardim como seu líder, ontem lembrada no Público, põe a nu a falsidade das profissões de fé na apoliticidade (e mesmo no apartidarismo) da Igreja em Portugal. Escolhas claras e radicais das estruturas de poder eclesial vivem sob o disfarce, agora como antes, da retórica liofilizada do ad maiorem dei gloriam. A longa história das alianças íntimas entre o episcopado português e a direita política, cultural e económica fez-se quase sempre a coberto desses rótulos incensados. Ora, que esta seja matéria de historiadores e não do povo de Deus - isto é, facto consumado e não debate aberto - é isso que é inaceitável.
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