mães
Fazer do luto uma luta. Da Praça de Maio, em Buenos Aires, a Belgrado ou ao Rio de Janeiro, há mulheres que não prescindem de dar à humanidade a decência de uma memória esclarecida das chacinas ou dos desaparecimentos forçados dos seus filhos ou maridos. Quando todos encolhem os ombros e olham para o lado, elas não desistem. Porque a impunidade é uma infâmia que (nos)apodrece. Vera Lúcia Flores, uma dessas mães da memória, partiu sem saber o que fizeram os polícias militares à sua filha, em Acari. Não houve dinheiro para o seu funeral.
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