antónio vieira
Mandava a lei e o bom catolicismo que os índios não tinham alma podiam por isso ser escravos. Mandava a boa ordem e a conveniência social que nada disso fosse posto em causa. Mandou a liberdade e o primado da consciência que António Vieira dissesse um repetido não a todas essas patranhas. Quatrocentos anos depois, a lei, o bom catolicismo, a boa ordem e a conveniência social impõem outros princípios e outros silêncios. A liberdade e o primado da consciência, esses, mandam que nunca se afastem as vozes nem se abatam os silêncios sobre a dignidade irreprimível de cada pessoa.
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