Monday, February 04, 2008

superfluous people

Foi sempre diante da realidade de gente condenada a ser supérflua que as lutas pelos direitos humanos se desenvolveram. E foi também diante do espezinhar da dignidade dos operários que a Igreja acordou para a Doutrina Social. Hoje, essa gente supérflua tem, nas nossas sociedades de conforto, um novo nome: são os imigrantes. Aos defensores dos direitos humanos não pode importar se esses imigrantes estão ou não documentados. À Igreja muito menos. E de uns e dos outros espera-se a mesma coragem cívica e o mesmo discernimento que tiveram os autores da Declaração Universal de 1948 quando perceberam que era urgente romper a ganga da lei existente e olhar os indefesos à luz de considerações elementares de humanidade.