a buzina
Nas manhãs de neblina, enquanto o sol não abre, há uma buzina que soa, sem parar, na praia onde estou. Recriminam-na aqueles que caminham seguros na esplanada. Louvam-na aqueles outros que na imensidão sem referências do mar, buscam um sinal para a terra acolhedora que esperam. Assim é também nas nossas vidas. Precisamos de sinais que nos guiem para a terra firme. E precisamos de sair da acalmia passiva das esplanadas e aventurar-nos no mar. Os cristãos sabem que é assim: sem viver o risco, a segurança é preguiça.
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