Monday, February 23, 2004

o riso, essa graça

Houve um tempo, não muito longínquo, em que o Carnaval era uma válvula de escape das sociedades contra a asfixia sisuda e deprimente imposta pelos poderes eclesiais. Esse tempo, em que o riso era quase clandestino – porque ao sabor da vida era atribuída a cor do pecado – não está definitivamente ultrapassado. É ainda grande a tentação de sacralizar o mau humor e a frieza. E de não dar à gargalhada o valor de um autêntico dom de Deus.