perfume de mulher
Pode parecer provocação fácil, mas é muito mais sério do que isso. Constatar que “Jesus teve muitos inimigos, mas não teve inimigas” remete-nos para uma relação pouco estudada, entre o homem de Nazaré e as mulheres que o conheceram. Sabemo-lo rodeado de homens, pescadores, rudes, evidenciando todas as debilidades tremendas do universo masculino. Mas também sabemos que muitos dos episódios mais radicais da sua trajectória pública ficaram marcados pela presença de mulheres: a relação singular com sua mãe, o tratamento insinuante que lhe deu Marta, o tocante perdão à mulher adúltera, o protagonismo de mulheres na visita ao túmulo e na surpresa diante do seu vazio. Jesus pertence definitivamente ao lado feminino da História. Que bom seria que fosse essa a razão de as nossas igrejas se encherem de mulheres…
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