o preço certo
Há uma notória mentalidade comercial na nossa relação com Deus. As transacções e os respectivos preços comandam a nossa fidelidade: pedimos, aceitamos uma fasquia e obtemos resposta. Mas a voz do povo simples deixa perceber um lado inesperado desta relação viciada: “obter uma graça”, diz-se. É a gratuidade que sobressai, é o que Deus - ou os santos e santas, ou mesmo as pessoas anónimas – nos dão mesmo quando nós não merecermos nada. É esse excesso da dádiva e do cuidado que torna os crentes, na sua imensa fragilidade, amigos de Deus e não clientes de Deus.
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