a irmã morte
Oiçam com atenção Filipe Almeida, director do Serviço de Humanização do Hospital de São João, no Porto. Em entrevista à "Sábado", mostra com serenidade e lucidez como o/a médico/a deve acolher a morte com a mesma elevação e humildade com que trata a vida. Assim: "Quando alguém decide que um doente é para não reanimar, um dos grandes medos é: 'e se eu for responsabilizado por não o fazer?' E não se percebe que se fizermos o contrário estamos a obrigar o doente a sofrer sem razão. (...) Há doentes que acham que não conseguem suportar mais o sofrimento. Recordo-me de um senhor em fase terminal que não queria que lhe fizessem nada porque sabia que estavamos só a adiar a morte. (Pergunta: 'Essa vontade é respeitada?') -Deve ser".
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