eluana
Eluana não precisava de mais do que a deixassem descansar em paz. "Há 17 anos que estava a morrer, sem acabar de morrer nem de nascer para a vida. A sonda não a ligava propriamente à vida, mas antes a uma morte interminável; não a mantinha propriamente viva, antes prolongava a agonia. É um alívio saber que terminou por fim um calvário demasiado longo para Eluana e para os seus pais". A violência inflingida sobre um corpo há muito sem vida digna de ser vivida pôde ainda ser ultrapassada pela violência de quem acusou os seus pais de a terem "morto à fome". Como se uma sonda naso-gástrica fosse uma sandes de fiambre... O biologismo tecnológico e o criacionismo vaticano dão-se as mãos contra o primado da dignidade.
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