paciência
Há em Buenos Aires uma imagem do Cristo da paciência e da humildade. É um Cristo diferente: com a coroa de espinhos e com o corpo chicoteado, mas sentado, pensativo, com a mão a segurar o queixo. É uma imagem perturbante pela sua simplicidade. Devolve-nos um Cristo ainda mais nosso igual quando a morte inexplicável na cruz se avizinha já. E faz da paciência e da humildade uma provocação radical à nossa humanidade apressada e distraída do essencial. O Cristo da paciência e da humildade suspende cada um e cada uma que o contemplam nas suas insuficiências tantas vezes soberbamente convencidas.
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