os sinais
Ontem, nas igrejas lembrou-se a cegueira dos dois amigos que caminharam com o ressuscitado até Emaús sem perceberem quem ele era. Em Portugal, a palavra Emaús está hoje associada a um testemunho forte de serviço aos mais pobres dos pobres. O que tem então uma coisa a ver com a outra? Tudo. O que fez os dois amigos despertar para a identidade do que com eles caminhava foi a partilha do pão e do vinho. Só esse sinal tornou Jesus presente entre eles. Na sociedade utilitarista e pragmática que é a nossa, o amor aos sem-abrigo e aos mais pobres é quase tão absurdo como caminhar lado a lado com um morto. Só entende esse amor a sério quem vê nele um sinal da presença daquele que fez do amor aos mais fracos a arma de resistência a todos os limites. Como em Emaús.
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