ópios
Que têm os estudantes para festejar neste tempo de queimas das fitas? O que é que celebram euforicamente? Por que teimam eles em sair à rua exibindo alegria, quando os horizontes profissionais se fecham cada vez mais, quando o desinvestimento na investigação e na formação avançada atinge patamares inquietantes e quando o seu reconhecimento social é porventura mais baixo que nunca? Não, não há outro motivo para a festa que não seja a nostalgia antecipada de um tempo juvenil. Mas só isso. Talvez seja essa a razão pela qual o consumo de álcool seja tão necessário nestas liturgias. Às vezes, muito mais do que a religião, é a festa que é o ópio do povo.
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