a carta
A coragem cívica e a densidade cultural de D. António Ferreira Gomes não fizeram escola no episcopado português. Para mal dos nossos pecados. Por isso, a carta que escreveu, faz agora 50 anos, a Salazar parece tanto um escrito do passado. D. António rompeu o maior dos tabus do salazarismo católico: o da suposta unicidade política e ideológica dos católicos. Se a carta tivesse sido expedida ontem, muita gente da Igreja se apressaria a dizer dela que cometia o supremo mal de ignorar a Verdade (sim, com maiúscula) que nos une.
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